Filme Verdade

QUANDO FECHO MEUS OLHOS
ESPIRRO ILUSOES NO ESPACO FECHADO
ABERTA UTOPIA DO TEMPO VAGO
QUENTURA FEBRIL DA NOITE QUE NAO PASSA
BALANCO DA CORTINA AMASSADA VERMELHA ESTAMPADA
ENTREABERTA ENTREOLHAR ENTRESER
NAO QUERER E MESMO ASSIM ESTAR
ATRACAO PROFANA DA CARNE
SOB MEMORIA ESCONDIA
REZA A FE EM SILENCIO
CANTA A VIDA NO ESCURO
O SIMPLES MOVIMENTO DO VENTO
ESPANTA O DESEJO MIOPE DAS CORES DO SOL
ESPASMOS DAS VISTAS CANSADAS
REFLEXO INVERTIDO DESPERCEBIDO
E ATUANTE NA FACE DA LOUCURA DO CEGO
DO ARTISTA MISTICO
CANAL FRAGMATICO,
DISPERSO EQUILIBRIO DO JOVEM APRENDIZ
DE OLHOS FECHADOS
SONHANDO PEDACOS
DE UM FILME VERDADE.


FLAVIA DOS PRAZERES

Foto: Benoit Fournier
Ator: Negueba


Poesia inspirada no Filme "Quando Fechos Os Meus Olhos", com a direcao e roteiro do cineasta Gabriel Ghidalevich e conta com a atucao do atores Flavia dos Prazeres e Gustavo Nonnenberg.


Video: http://vimeo.com/31769583

Filmografia

Se tudo o que eu vivi
fosse um filme
editava as partes boas
e refazia as partes ruins


Faria tudo em camera lenta
daria um traveling mais bonito
nas mais marcantes historias de amor que passei
filmaria tudo denovo

Faria quantos takes fossem necessarios
nos cenarios mais variados
trajando os figurinos mais bonitos
e o nu mais ousado


Tiraria os figurantes os viloes e as feiticeiras
cantaria na chuva
pegaria o trem da estacao
e nunca mais deixaria aquele bebe descer daquela forma escadaria abaixo

Prazeres

Bagda

mais pra la
dois pra ca
mais pra la que pra ca?
dois pra la
dois pra q?
dois pra cala
passa pra k!
deixei pra la
o q ?
os dois...

estao pra la
de Bagda.


Prazeres

Exata Gravidade Original

Roda folha gaivota
brota sem sentido
pairando no ar
o vento e o ar
assopram
harmonia triangular
exata gravidade original
estar so, somente so em movimento
era seu momento
Amor, folha, ar, vento.


Prazeres

Pedra, agua e sal

Agua em pedra dura mole fica

dura falsa molharia

dia dia pedra agua e sal

Agua em pedra dura mole fica

viva verde pontiaguda

dia dia pedra rubra brutal

Flavia Dos Prazeres

Passa amanha

O que passa ai
passa aqui
nao revide o que te doi
constroi um laco aco
que ninguem roi.


Prazeres

O ceu do Rio

O ceu do Rio
transpirou agua memoria
de aguas passadas
a terra treme so de lembrar

O ceu do rio
transbordou o comeco da historia
e as vezes se afoga
de tanto chorar

O ceu do rio
refletiu a imagem
abriu a passagem
de quem esteve por la

O ceu do Rio
nao se arrepende
de toda essa gente
que foi abracar


Flavia dos Prazeres
Foto: Benoit Fournier

Vira "EU"

Do EU
se dar dói
tudo que é meu esta guardado
EU sou tudo

Seu
sem o S
vira EU

Seu
sem o U
Vira Se

SE eu fosse você
você seria EU


Flávia dos Prazeres